quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

domínio


Se o ser humano nasceu para receber ordens, isso ninguém pode dizer. Mas que as autoridades influenciam severamente em nossos atos, isso é real. Tanto as leis políticas, os direitos humanos, a religião, e qualquer outra ordem que exerça tal força no país tem esta capacidade de 'direcionar' as pessoas para um caminho denominado 'certo', controlando muitas vezes as vontades e os pensamentos individuais.
O brasil não pode ser usado como exemplo na hora de demonstrar o cumprimento de suas leis, a lei que prende um bandido é a mesma que o coloca de volta as ruas. Além daquelas que são interpretadas de outra forma, como o recente caso de Luiz Claudio Santana, condenado a mais de cento e quarenta anos de cadeia, não seria esta uma prisão perpétua já que a média de vida do brasileiro é apenas metade de sua pena?
as autoridades servem para orientar, forjar e manobrar a sociedade para um certo tipo de ideal, que pode ser bom ou ruim. Bom como no caso dos professores, que lecionam para transmitir conhecimento, para ajudar no futuro de seus alunos, e ruim no caso da religião, que prega o bem, a igualdade e ao mesmo tempo separa a sociedade, descriminando aquele que não compartilha de sua mesma fé.
Existem os dois lados da moeda, assim como em todas as atitudes, sentimentos e escolhas que fazemos, é o livre arbítrio.Assim como na famigerada frase " o mundo é dos espertos " . O forte, inteligente, continuará manipulando as pessoas a sua volta de acordo com seus desejos, isso vem acontecendo desde os primeiros relatos de vida no planeta Terra, não seria agora que isso mudaria.

tragédias, comédias e dramaturgos gregos


Tem dias que nascem mesmo para sabotar da nossa boa vontade, o Sol já acorda levando junto a sua paciência, e cada folha que cai é como se colocasse a prova toda sua dor de cabeça.
Tem dias que a vontade é de não acordar, dormir novamente, levantar apenas no dia seguinte mesmo que for a tão odiada segunda feira. Qualquer canto do mundo, quaisquer outros amigos, qualquer outra cama, outra fronha, outro café da manhã seria melhor do que o seu. Sua internet não funciona, só recebe mensagens da própria operadora que por coincidência já virou sua melhor amiga... lembra mais de você do que sua própria família.
Tem dias que tudo dá errado, tudo que você planejou por meses evapora, some, acaba. Você briga com quem não tem culpa dos seus problemas, nem chocolate entende sua tristeza.
É o que gostamos de chamar de solidão. Você se tranca no seu quarto, apaga a luz, liga a televisão... deixa toda bagunça no seu devido lugar, o lençol mal arrumado, o celular do lado do travesseiro, o cenário perfeito para uma tragédia grega. Você sabe que chorar não adianta,mas não perde a oportunidade de ser um pouco mais dramática.
Já acabou o dia, e não é que passou rápido?

amanhã é outro dia, e o Sol vai nascer pra mim
e se não nascer... separei milhares de filmes românticos para dramatizar um pouco mais essa minha vida, estou quase boa nisso.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

vou-me embora pra Pasárgada


faço minhas malas, meu destino me espera, meu passado, as lembranças de uma vida que já passou, de horas que se foram, de pessoas que deixaram. Parto em nome das recordações, parto pro lugar onde me recorda infancia, onde o cheiro de café da manhã é diferente de onde habito. Parto pra trazer a tona tudo que um dia foi presente.
Não para viver as horas que mudaram, mas para não perder a certeza de que aquelas lembranças já fizeram parte dos meus motivos de sorrir, para provar da saudade da voz, das vozes, dos risos que eu interpretava como olhar de quem não tem malícia, de quem não provara de rotina. Parto em nome do que nomearam de saudade.