sábado, 25 de junho de 2011

5 vogais, 3 consoantes.


Começar este texto falando da vida seria tanta hipocrisia como fizer que ela é bela. Dia vinte e cinco de junho, seria um dia melhor se eu não fosse acordada com uma notícia tão impiedosa.
Difícil falar da morte, não? E esse é o assunto que eu não quero falar, e nem da vida, já que ela não existe mais. Difícil não é encarar o modo como ela acontece, ou a ambiguidade que nela existe e sim o que fica.
Fica o que mais precisava ter ido embora, vai-se o silêncio, fica-se o som. O som da alegria, o som do estresse, o barulho do andar... ficam os longos onze anos e todas as histórias que nele vieram.
Seria mais fácil se todas as memórias boas fossem embora, e em letras arredondadas escrevessem no epitáfio: 'Aqui jaz toda alegria, animação e lembranças do que trouxe.'
Hoje eu perdi parte da minha família...
Hoje eu perdi parte...
Hoje eu perdi...
Hoje.
Abraços e carisma é o que menos preciso agora, pois aqui jaz toda a minha paz.