
Todas as contas no chão, os lembretes, os cobertores, travesseiros e almofadas. Os saltos sujos de barro, as roupas que deveriam estar nos cabides, as canetas, porta-retratos, os livros. As fotos, o pó em cima do televisor, os cremes capilares,o rímel.Bilhetes cobrindo as lembranças em papel de foto no mural,embrulhos amassados de presentes, papéis de carta, de balas... Tudo fora do lugar.
Quando acordei no domingo a tarde, a semana já havia passado, já havia passado os abraços, os sorrisos, a lição de casa, o almoço em família. Passou tão transitório como orvalho em vidro de automóvel. Não vi a hora, não via a hora.
E tudo foi vivendo enquanto eu descansava meus olhos em palavras controversas aos meus sentidos e sonhos. Tive que acordar.