segunda-feira, 25 de abril de 2011

Adromia


Não consigo te manter como único na minha vida, enquanto estava longe meu coração virou pensão, virou bordel, virou moradia.Para quem só queria sair do lugar de origem, para quem precisava conhecer novos ares, quem brigou com a esposa, para bêbados, amantes, amigos, viajantes e desabrigados. Me dediquei a cuidar do meu coração e amparar todas as almas que buscam pela paz e o contentamento de espírito, e mesmo cuidando de todos, sobrou alguém... era eu.
Era eu que cometia milhares de erros com meu ego, que cantava e assobiava o meu exílio. E fui vivendo, cada parte dessa busca, cada passo dessa minha rotina. Abrigando dentro de mim um pouco do que todos procuravam e procurando completar aqueles todos sentimentos que foram perdidos.
De certa forma, sorrisos sempre me encantaram, mas a muito meu riso já não era mais ouvido, já perdera a importância até mesmo para mim. Eu precisei de tudo e não queria nada, era algo que me faltava, algo nunca vivido ou algo que permanecia e não me deixava em paz. Como se eu tivesse que pedir 'por favor' ás minhas vontades.
Tudo que eu necessitava era aprender a amar...