sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

vou-me embora pra Pasárgada


faço minhas malas, meu destino me espera, meu passado, as lembranças de uma vida que já passou, de horas que se foram, de pessoas que deixaram. Parto em nome das recordações, parto pro lugar onde me recorda infancia, onde o cheiro de café da manhã é diferente de onde habito. Parto pra trazer a tona tudo que um dia foi presente.
Não para viver as horas que mudaram, mas para não perder a certeza de que aquelas lembranças já fizeram parte dos meus motivos de sorrir, para provar da saudade da voz, das vozes, dos risos que eu interpretava como olhar de quem não tem malícia, de quem não provara de rotina. Parto em nome do que nomearam de saudade.