quinta-feira, 28 de julho de 2011

Com X e L no final.


Escrevo sobre a guerra, descrevo cada passo do meu dia, detalho as pétalas de todos os cravos do jardim, dito um livro, componho uma canção, soletro o dicionário, mas não me peça para falar do que acontece quando me abraça, não me deixe tentar descobrir o porquê dos seus olhos brilharem tanto no Sol, os motivos de ser tão difícil ter que ir embora ou a explicação de todos os sons formarem a sua respiração. De tudo que entendo, descobrir os seus sinais e decifrar os teus gestos é o que me mantém na persistência de transformar todos os dias da semana em Sábado, de ter seus olhos fechando de sono e te manter acordado com o passar dos dedos no rosto, conseguir enxergar meus pensamentos tão claros e não saber por onde começar a dizer e não saber se é preciso falar.