
Não havia chovido e muito menos feito sol, era dia comum, não triste como lágrimas do céu, nem como alegria de fim de semana, apenas comum.
O vento calmo balançava as folhas que, com muita facilidade, se desprendiam dos galhos.
A pequena casa de fundo, esconderijo de uma bela história de amor, completava o cenário das folhas que dançavam levemente pelo ar.
Naquele momento era impossivel não reparar no grande espetaculo que o vento ensaiava, no som que surgia do vácuo e na beleza das cores, nem velhas, nem jovens, eram apenas adultas.
Poderia ser um dia como outro qualquer, se não fosse o tapete de folhas secas que dificultava o trabalho das formigas, se não fosse aquela cor... quase mórbida.
Poderia ser um dia como outro qualquer, mas a brisa fria anunciava que, naquele dia o sol passaria a se esconder por de trás das nuvens cinzas e o verde demoraria á surgir novamente na copa das arvores, era o outono...